18 de maio de 2011

Quando a saudade bate ...

Resolvi postar novamente essa capa p/ galão de água, porque eu desde segunda estou sentindo falta de uma velhinha, de cabelo branco e elegante chamada Maria, minha avó. Claro que p/ todas que vão ver aqui no blogger, vai ser a primeira vez, e é mesmo.Só postei lá no flickr, mas não fez muito sucesso, pois a coitada é esquisitinha mesmo. Mas não tem problema não, só uso quando a saudade bate e ela me faz lembrar da minha infância, (nada boa) mas com remendos interessantes, que é isso que vou contar brevemente p/ vcs.
Minha avó Maria, era costureira e das melhores, costurava muito e p/ muita gente, e adorava ter a casa arrumada e com paninhos espalhados por todo canto (essa mania tbm herdei dela).
Ela Juntava as sobras dos tecidos em uma bacia  e em um balde de alumínio enorme que tinha,(td muito reluzente) e eles iam ficando por lá, serviam de cama p/ a minha gata chamada neve, de enchimento p/ as almofadas,barradinhso p/ os panos de pratos, toalhas de mesa, só que com um detalhe, sem harmônia nenhuma entre as cores e tecidos, ou seja ela ia cortando e costurando conforme ia pegando as sobras dos tecidos.

 
Alguns ficavam bonitos, mas outros ,nem tanto.

Mas ela fazia roupas espetaculares, vestuário feminino e masculino era com ela mesma, já

 a linha cama,mesa e banho, ela, apesar de gostar, não era muito a praia dela não.
     
 Fiz essa capa tem uns dois anos, foi quando eu em um dia, amanheci troncha de saudade dela e lembrei de cada detalhe da personalidade forte e marcante dela, e fiz essa capa, creio eu que ela teria feito dessa forma, se ainda estivesse entre nós em matéria. lembro que passei em uma lojinha que vende sobras de facção (tem muita dessas lojas por aqui) e vi esse retalhos de camisas masculinas e então comprei, eram tiras, só fiz juntar, como ela fazia e deu isso. Fiz um arremedo de bordado livre p/ amenizar.
Tenho certeza que se fosse viva, iria gostar dessa capa e tbm sei que já teria aprendido muito sobre esse mundo lindo do trabalho manual. Afinal de contas era minha avó e aprendi muito com ela, honestidade, garra, coragem, ousadia faziam parte da vida dela e ela soube passar isso p/ os filhos e netos.
Muito obrigada D. Mariazinha por td que vc representou em minha vida, e por hoje eu ser o que sou!
Só um desabafo de uma pessoa saudosa de avó!

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